sábado, 17 de novembro de 2012

Da Catarina

 
"não desprezo, no entanto, o meu curriculum. dos 17 p'ra cá trabalhei numa loja de bijuteria, numa loja de puericultura, numa papelaria sueca; fui aupair em londres, operadora de call center, empregada da worten por três semanas, vendi livros aqui e acolá, recebi aviões às sete da manhã numa pista de aterragem de uma cidade estrangeira, limpei semanalmente a casa de outra mulher, dei o litro numa galeria de arte, escrevi para publicidade, fiz orçamentos numa farmacêutica, vendi candeeiros caríssimos que me envergonhavam todos os dias, fiz tudo e mais alguma coisa, menos aquilo que, deeply in my heart, gostava de fazer: estudar. estudar, não apenas numa universidade, mas pela vida fora. ler, escrever, pensar. essas coisas que sociedade alguma pode dispensar mas que não pode pagar. ó, sim, escritores, filósofos, artistas, um bando de preguiçosos, dizem eles nos comentários do jornal."
 
(o texto completo está aqui)

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